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- Tchau Anne. - Susan beijou meu rosto.
-
Tchau Sus.
-
Aproveita bem lá em Miami em amiga. - piscou e entrou em seu carro. Atravessei
o estacionamento da faculdade, chegando ao meu carro. Hoje iremos para Miami,
agora de noite, assim que todos saírem do serviço. Entrei no meu carro, pus
minha bolsa no banco do passageiro, e dei partida. Em menos de cinco minutos
parei em frente ao orfanato. Saudades da Mellanie. Peguei minha bolsa e desci
do carro. Adentrei o mesmo avistando Sophie com as crianças.
-
Oi meus amores! - gritei, fazendo eles me olharem e correrem até mim.
-
Tia Anne! - gritaram agarrando minhas pernas.
-
Tudo bem?
-
Sim! - gritaram em uníssono.
-
Anne!! - Mellanie apareceu sorrindo.
-
Princesa! - a peguei no colo. - Tudo bem com você?
-
Sim. - apertou meu rosto. - Você esta linda, palecendo uma lainha.
- E
você esta perfeita. - beijei sua bochecha.
-
Anne vem ver minha boneca nova. - ela saiu me puxando pelo orfanato. - Ela é
linda, tem cabelo pleto igual o seu, bem blanquinha, e tem a boca roxinha, que
nem aquele batom que você usou aquele dia do aniversário da Rose. Eu pus um
vestido preto nela.
-
Que legal. - entramos no quarto.
Em cima da cama estava a bonequinha. Ela
correu até ela e apanhou a mesma.
-
Olha. - a esticou para mim.
-
Ela é linda. Como é o nome?
-
Anne. - sorriu.
-
Awwn... Que lindo!
-
Vamos brincar? - perguntou e eu assenti.
Ficamos dando chá para as bonecas durante
um tempo, até ela cansar e dormir. A ajeitei na cama e pus a boneca junto aos
pequenos bracinhos dela. Ri ao ver a cena fofa, e a cobri. Peguei meu celular e
tirei algumas fotos dela. Olhei a hora: 20h30min!
-
Caralho! - gritei.
Beijei a testa de Mellanie, e sai correndo.
Despedi-me de Sophie e sai correndo.
...
- Anne! - minha mãe gritou. - Onde estava?
-
Desculpa. - sorri sem graça.
Todos já estavam lá, me esperando. Subi
correndo, tomei um banho rápido e pus uma lingerie cor da pele, um short jeans,
uma blusa de manga cumprida, soltinha e caída em um ombro. Prendo meus cabelos
em um coque bagunçado, peguei minhas malas e desci, parecendo uma louca.
-
Pronto! - gritei jogando tudo no chão e afastando meus cabelos que caiu sobre
meu rosto.
-
Vamos logo vadia! Miami nos espera! - Ju gritou.
Todos começaram a pegar as malas e levar
para os carros. Peguei as minhas e levei até meu carro, Jullie irá junto
comigo. Chaz, Chris, Ryan e Jennie iam em outro e minha mãe e Justin em outro.
O caminho até o aeroporto foi tranquilo, a não ser Jullie cantando RAP feito
uma maluca, me fazendo rir litros.
-
Anne, e se o avião cair? - Jullie perguntou enquanto descíamos do carro.
-
Como?
- A
você sabe, e se ele cair? - parecia apavorada.
-
Ju, você tem medo?
-
Não... Claro que não! - sorriu nervosa. - Ta... Sim, mas com razão.
-
Não vai acontecer nada. - a abracei de lado.
Um cara estava levando nossas malas para o
avião e nós seguimos para o mesmo. Adentramos, e todos já se encontravam lá.
-
Sempre atrasadas. - Chaz disse.
-
Claro meu amor. Rainhas precisam de uma entrada triunfal. - mandei um beijo
para ele.
- Rainhas
do lixão?! - perguntou rindo.
-
Não, isso eu deixo para você. - pisquei.
O piloto avisou que levantaríamos voo, e
que era para nos sentarmos e prender os cintos. Sentei ao lado de Chris e
Jullie ao lado de Chaz. Prendi meus cintos e fechei os olhos. Bom... Digamos
que... EU TENHO MEDO DE AVIÃO!!! Eu tentei esconder falando para Jullie que tudo
ficaria bem, mas eu estava tentando colocar isso na minha mente. Desde pequena
morro de medo de voar. É algo que eu não sei explicar, eu apenas tenho.
-
Anne, você tem medo de avião? - Chris perguntou, segurando o riso.
-
Não, não tenho não. - tentei sorrir, mas não deu muito certo.
-
Anne vai ficar tudo bem, anjo. - Minha mãe disse, um pouco alto demais.
- A
Anne tem medo de avião? - Chaz perguntou rindo.
-
Desde pequena. - Jennie gargalhou. - Era hilário ver a cara de espanto dela.
Todos começaram a rir da minha cara,
inclusive Jullie, que estava se cagando fora do avião.
-
Jullie sua vaca, ta rindo do que? Quem tava lá fora quase chorado? Não era eu.
- falei nervosa.
-
Ficou nervosa. - Ryan zoou.
-
Ryan, calado. Se não arranco essa coisa minúscula que chama de pau! - falei
entre dentes.
-
Pergunta para a sua irmã se é pequeno. - sorriu falso.
Todos começaram a rir, e aquilo me irritou.
Senti o solavanco do avião, e um frio na barriga tomou conta, agarrei a mão de
Chris.
-
Ai sua maluca! Ta doendo porra. - reclamou.
-
Boiola. - xinguei.
-
Medrosa.
-
Idiota.
-
Sonsa.
-
Fecha o bico Christian ou eu faço fechar. - rosnei
Ele se calou, graças a Deus, e aos poucos
fui me acostumando, e abri meus olhos. Todos estavam em cima de mim, me olhando
como se eu fosse algum ET.
-
Perderam alguma coisa aqui? - perguntei.
-
Nunca pensei que você teria medo de algo. - Chaz disse impressionado.
-
Nunca pensei que você seria broxa, mas parece que todos nos enganamos não?! -
perguntei sarcástica.
-
Depois dessa eu cuspia no chão e saia nadando. - Jullie disse.
-
Desculpa, mas não sou você para ser tão idiota. - respondeu seco.
-
Assim que chegarmos a Miami, terei que sair, para ir cuidar da minha nova
coleção. - minha mãe se sentou ao eu lado. - Conto com você para tomar conta de
tudo.
A olhei com o cenho franzido.
-
Você é a mais responsável daqui. - riu fraco. - Pelo que vi, quando Justin se
junta a esses garotos vira uma criança. Por isso não o quero muito perto
deles. - falou e eu revirei os olhos.
-
Vai querer afastá-lo dos amigos? - perguntei incrédula, olhando para eles que
estavam conversando em um canto.
-
Eu não gosto que ele se envolva com esse tipo de pessoas. Quero-o responsável e
não um pirralho sem escrúpulos e que age como criança. - falou séria. - Vou
tentar afastá-lo ao máximo desses meninos.
-
Você tem que entender que eles são amigos desde a infância, lá no Canadá, e que
não pode separá-los. Justin só parece
ser sério, mas é um idiota, como qualquer outro. - me levantei e deixei-a
sozinha.
Acho a maior idiotice isso de querer
afastar o namorado dos amigos, e deixá-lo preso. Ele tem que se sentir livre, e
não em uma prisão. Isso é errado, e por mais que eu e Justin não conversemos
muito, eu não vou deixar que minha mãe faça isso com o coitado. Cheguei perto
deles e me sentei ao lado de Justin. Eles conversavam sobre as baladas de
Miami, e que tudo era incrível. Esse povo não sabe pensar em outra coisa?
Fiquei fingindo prestar atenção, até sentir o sono vir. Levantei-me e dei boa
noite a todos, segui para a poltrona do fundo e peguei meu celular, pus meus
fones e coloquei em uma musica calma qualquer. Olhei o papel de parede e
observei a foto da minha princesinha. Tão frágil e minha. Acho que não sei o
que eu faria se algum casal a adotasse. Aos poucos fui pegando no sono.
JUSTIN BIEBER POV.
-
Vai se fuder Bieber. - Jennie mostrou a língua.
-
Ai, por favor, garota, já deixei você ficar com o meu amante, e ainda quer me
xingar? - fiz voz fina e todos riram.
Estávamos conversando á horas, e rindo
muito. Às vezes percebia o olhar de Tracy sobre mim, e isso incomodava, mas eu
tentava ignorar. Anne estava dormindo há algum tempo, e parecia serena. Estava
começando a ficar com sono. Fui até Tracy, que estava em um canto falando no
telefone e mexendo em algo no notebook. Sentei ao seu lado e comecei a beijar
seu pescoço, e das leves chupadas por ali. Ela revirou o olho, não sei se de
prazer ou de tédio.
-
Justin para. - pediu, tampando o telefone, mas sem me olhar.
Continuei e desci minhas mãos por suas
coxas.
-
Que saco Justin! - falou exaltada, mas ainda sim baixo. - Já não pedi para
parar? Estou trabalhando droga! - falou estúpida, voltando sua atenção para o
notebook.
Puta que pariu! Essa mulher só trabalha!
Acredite ou não, já faz uma semana que eu não transo. Já estou subindo pelas
paredes. Porra, para um homem ficar uma semana sem sexo é... Ahh é
horrível! Estou me satisfazendo apenas
com as minhas mãos. Isso é humilhante. Sentei-me ao lado de Anne, que dormia
com os fones no ouvido. E agarrada ao celular. Ri fraco e peguei-o de suas mãos
e desliguei a musica. Como alguém consegue dormir escutando musica? Eu fico
inquieto assim. Enrolei os fones no celular e enfiei na sua bolsa, que se
encontrava no chão. Seu pescoço fazia um movimento esquisito e com certeza ela
acordaria com dor. Geralmente dormir em avião me deixa quebrado. Fui a ajeitar
e ela acabou descansando a cabeça em meu ombro. Pensei em recuar, mas achei
melhor deixá-la assim. Arrumei-me na poltrona e a aconcheguei melhor junto a
mim. Afaguei seus cabelos e aos poucos fui caindo no sono, sentindo o cheiro de
melancia, dos seus fios pretos.
ANNE MARIE POV.
-
Awwwwn. - escutei ao fundo.
Mexi-me e senti braços ao meu redor.
Levantei assustada, quase caindo da poltrona, e olhei para o lado. Justin
dormia tranquilamente.
- O
que aconteceu aqui? - minha mãe parecia com raiva.
Será que ela estava com ciúmes de mim e
daquele ser? Seu olhar transmitia... Seu olhar não transmitia nada! Nadinha
mesmo. Era frio e longe. Ótimo, agora é capaz dela querer afastá-lo de mim
também. E por que eu estou me importando com isso?
-
Acho que peguei no sono. - falei.
-
Avá! - Debochou Chaz
- O
que fazia agarrada com o Justin? - minha mãe repetiu a pergunta, mas agora mais
direta.
-
Não sei. - falei meio assustada. - Ele deve ter sentado aqui, e eu acabei
caindo para o seu lado.
Todos nos encaravam assustados e debochados
ao mesmo tempo. Levantei-me passando a mão pelos meus cabelos. Olhei pela
janela do avião e ainda estava escuro.
-
Chegamos? - perguntei.
-
Sim. - minha mãe respondeu grossa. - Justin, bebê acorda. - Chamou e todos
começaram a rir.
-
Bebê? - Jullie perguntou rindo.
Eu não conseguia parar de rir. Que merda de
apelido é esse? Sinceramente acho muito escroto isso. Justin aos poucos foi
acordando. Todos pegaram as bagagens e descemos. Dois carros nos esperavam.
-
Bom, eu tenho que ir ajudar nas coisas lá na nova loja. Vocês vão pra casa,
descansam, e de tarde eu chego. Acho que vou almoçar fora, mais não tenho
certeza. Até. - minha mãe se despediu.
Ela deu um longo selinho em Justin e beijou
minha testa, entrando em um dos carros logo em seguida.
...
- O
nascer do Sol! - Jullie e Jennie gritaram e saíram correndo para a areia.
Ainda eram 06h25min, e a paisagem era
linda. Acabamos de chegar a nossa casa na praia, e ela é incrível. Não venho
aqui há alguns anos. A casa se localiza em uma praia deserta. O que significa
que é só nossa! Todos corremos para a areia, nos juntando a elas e ficamos
apreciando o nascer do sol. Aquilo me revigorou me fez sentir mais viva, e me
fez sorrir. Ficamos por um tempo apreciando a bela vista e logo depois entramos
para arrumar nossas coisas. Eu segui para o meu quarto, no segundo andar.
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